Há um certo caos
Na organização das coisas
Mesmo tão plenas e paradas
Giram em torno de si mesmas
Esperando respostas
Feito empregadas
que só fazem o que a patroa manda
Há um certo mal
que faz bem pra alma
Ressuscitar o amor
E guerrear com a calma
Está tudo no seu lugar
No indevido lugar
Tudo perfeito
do jeito que a gente queria.
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Poema
Estudei a fala
em diversas situações
regiões da boca
Línguas geográficas
Foneticamente idênticas
Beijando-se numa articulatória besta
mas bela, muito bela.
Estudei o som
exalado pelos lábios
numa organização desconexa
De idéias repentinas
que sempre estiveram lá
Fonólogos não conseguem decifrar
Enigmas tão óbvios
quanto esse que aí posto está.
em diversas situações
regiões da boca
Línguas geográficas
Foneticamente idênticas
Beijando-se numa articulatória besta
mas bela, muito bela.
Estudei o som
exalado pelos lábios
numa organização desconexa
De idéias repentinas
que sempre estiveram lá
Fonólogos não conseguem decifrar
Enigmas tão óbvios
quanto esse que aí posto está.
Poliglota
O amor não fala
Por mais que queira dizer
Não tem tradução
Nem símbolo
Só coração
Fragmentos do querer
A única língua real
é a dos anjos
Poetas disfarçados de querubins
Combinamos em tudo
Tudo que nos cabe combinar
E está bom assim
Mímicos de nós mesmos
Mendigos de nossos terreiros
Cegos vendo o mundo inteiro
Nos amamos em cada parte
Em cada detalhe
E por inteiro.
Por mais que queira dizer
Não tem tradução
Nem símbolo
Só coração
Fragmentos do querer
A única língua real
é a dos anjos
Poetas disfarçados de querubins
Combinamos em tudo
Tudo que nos cabe combinar
E está bom assim
Mímicos de nós mesmos
Mendigos de nossos terreiros
Cegos vendo o mundo inteiro
Nos amamos em cada parte
Em cada detalhe
E por inteiro.
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