quinta-feira, 12 de junho de 2008

Eu trabalho e não sou bem remunerado
Eu espero um ônibus que vem sempre lotado
Eu acordo cansado, chego em casa esgotado
Eu tenho preguiça de deixar tudo explicado
Eu sou um chato de galochas, de botas e sapato
Eu me preocupo demais com os outros
Eu amo demais e acho que ainda amo muito pouco
Eu me importo demais, mas sou indiferente
E não sou capaz de achar quem me complete
Eu sou um incompetente, um incrédulo carente
Contando os dias pra tudo isso acabar.

Eu amo meus pais, mas não aguento reclamação
Detesto pressão, lição de moral e vivo dizendo palavrão
Hoje eu ando a pé por causa de um ladrão
De um ladrão filho da puta que levou meu carro
Levou meu carro, meu som, meus óculos e cds
Hoje eu ando a pé revoltado
E ganho uma miséria pra ouvir aluno chato
Eu amo dar aulas, mas não aguento esperar
A merreca de uma salário que em pouco tempo vou gastar

Eu estou triste, estou chato e insuportável
Não aguento minha rotina e só quero ouvir bossa nova
Eu quero esquecer que hoje é dia dos namorados
Porque eu sou chato de galochas, meia, sandália e sapato.

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