É quando se vê a última luz acesa durante a madrugada que a saudade vem!
Luz acesa é sinônimo de alguém acordado, que sonha com o rosto de quem se ama.
Dessa vez quem sentiu saudade fui eu, foi aqui dentro que doeu.
Por isso resolvi compor pra você mais uma declaração de amor:
“É quando estou lendo, trabalhando ou estudando que você mais me aparece. Não é como um fantasma que vem pra assustar, é mais parecido com um sonho que a gente tem todos os dias mas que ainda não se realizou.
É tocar a língua em uma nuvem e achar que ela tem gosto de algodão-doce.
É quando tento escrever que a caneta sai da linha do caderno e toma outro rumo: a tinta quer escrever o que o coração não fala, o que os olhos não lêem, o que não se traduz meramente por palavras: o amor!
Amor que às vezes é brega, que às vezes é clichê, mas que se perdura pelo tempo através das trovas, das serenatas, das músicas apaixonadas e dos olhos de quem ainda chora morrendo de saudade de te ver de novo...
E quando isso acontece, as minhas linhas antes tão tortas seguem uma reta imaginária, um caminho de sonhos perfeitos que fazem meus pés saltarem do chão sem que, na verdade, eu sequer tenha saído do lugar.
Parecemos duas peças moldadas, criadas pra se encaixar uma à outra como duas mãos dadas. Nesse momento, meu corpo vira uma prisão, e meu coração sedento se perde nos seus devaneios, de modo que minh’alma saia voando por aí sem rumo certo, sem moradia fixa.
É então que a tinta da minha composição leva a cor que o amor escolheu, algo bem parecido com o vermelho dos seus lábios e o dourado dos seus olhos. Algo bem próximo da aquarela que nós compusemos juntos.
É hora de deitar você na cama, ver você dormindo e dizer bem baixinho: meu bem,eu te amo!”
Um comentário:
Fê... adorei suas poesias... estou encantada... que amor em...
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