quinta-feira, 28 de agosto de 2008

"Coisa nenhuma"

Hoje nenhuma flauta, nenhum poema, nenhuma pauta
Nenhuma canção, nenhum rumor, nenhum coração
Nenhum amor, nenhum tambor ou palavra
Vai traduzir a saudade que você me causa

Hoje nenhum drama, nenhuma bebida, nenhuma cama
Nenhum carinho alheio de mulher mucama
Nenhuma lágrima, nenhuma desculpa ou poesia
Vai servir de anestesia à falta do amor de quem mais ama

Hoje coisa nenhuma pode substituir
O prazer que me dá ver você sorrir...

"Alimento"

Fome?
Devoro tudo!
Amor?
Não sei ... Só sei que é absurdo!
Eu tenho fome de amor
E só você me alimenta

domingo, 3 de agosto de 2008

Dedicado à Ana Carolina Galleas


"Poema pela idealização de Carolina, 2"

Tu és o céu da minha boca, a palavra que os santos proferem
Tu tens o horto da minha fauna e a semente que plantei
Tu tens o tesouro guardado que os amantes merecem
Tu és o sonho ideal que no meu peito guardei

Tu tens o nome que eu amo, tu és Carolina ao extremo
Tu és o extravio e o desengano; estrela de encanto supremo
Tu és o adeus e a chegada, o sono e a alvorada
Tu és o abismo e a escada, primavera em sonetos exaltada

Tu és o aperto de mão, o vestido verde e a maquiagem
Tu és a mulher natural travestida de beleza selvagem
Tu és o perfume, o giro da bailarina e a alfazema
Tu és agora minh'alma, versão viva deste poema!

Tu és o amor, o amante e o bem mais amado
Tu és o perdão e tudo mais que também for pecado

2ª parte

II

Tu és a lágrima que meu olho não chora
Alimento que meu coração devora
Tu és a fofura e a loucura do poeta
Tu tens toda a coisa linda e certa

Tu és uma guerra de anjos
Uma sinfonia melodramática de destinos
Tu és um paraíso, um descanso
E tudo aquilo de bom que carrego comigo

Tu és uma fortaleza, uma cabana
Onde guardo minhas armas e repouso meu corpo
Tu és minha armadura e minha cigana
Aquela que prevê meu futuro e dá socorro

Tu és a forma perfeita do rascunho de Deus
A poesia perfeita que meu verso concebeu
Tu és a criatura pura que os livros descrevem
Tu és tudo aquilo que só o bem conhece

3ª parte

III

Tu és um córrego de lava
Brasa que aquece minh'alma
Ternura de um beijo miraculoso
Motivo que minha razão abraça

Tu és uma só gota de chuva
que molha meu lábio e lava toda a rua
Aquela avenida por onde o bloco passa
Vestindo de emoção toda coisa nua

Tu és o cintilante sorriso que necessito
O suficiente que torna tudo infinito
Tu és o limite do mundo
O razo e o profundo do que não tem razão

Tu és Carolina, novo portão do meu lar
Tu és aquela que mais faz meu coração disparar
Tu és um lugar tão lindo
No qual todo alguém deseja estar