No último post comentei sobre o jogo histórico entre Santos 4 x 5 Flamengo realizado na Vila Belmiro no dia 27/07. Resolvi analisar naquele texto muito mais a postura do Santos do que propriamente o jogo em si.
Pois bem, hoje gostaria de abordar o caso Ronaldinho Gaúcho.
Desde que voltou ao futebol brasileiro, creio que fora sua melhor partida do ano, talvez de sua vida!
Com grandes passes e chutes precisos, Ronaldinho Gaúcho faz parecer fácil uma missão árdua dentro de campo: conciliar técnica, plasticidade e eficácia.
Reconheço a partidaça que ele fez contra o Santos, demonstrando que experiência e técnica podem andar juntas, mas desde que o jogador tenha consciência de jogar para frente com objetividade, sem muita firula.
Contra times que possuem defesas fracas e que jogam muito no contra- ataque, como é o caso do Santos, creio que ele possa desenvolver melhor seu futebol, pois possui características para isso. Em um lançamento ou de bola parada, ele é capaz de resolver uma partida em minutos.
Ronaldinho é o tipo de jogador que chegou numa fase descendente da carreira em que jogar bola parece ser muito mais uma obrigação contratual do que simplesmente profissão ou lazer.
Isso fica nítido desde a sua volta: envolveu-se em um embrólio contratual com outros times antes de assinar com o Flamengo, deixando torecedores rivais de Grêmio e Palmeiras com muita raiva, acusando-o de ser mercenário.
Ele deixa os negócios todos na mão de seu irmão, o ex-jogador Assis, que vende o passe de ronaldinho como se fosse um produto deveras caro e excepcional.
Sou fã de seu futebol, mas que não é o mesmo desde os tempos de Barcelona 2006/2007.
Quando não está no pagode, pegando maria-chuteira ou bebendo demais, Ronaldinho é sem dúvida um jogador fora de série, capaz de resolver uma partida com dois ou três passes.Principalmente dentro do futebol brasileiro, carente de boas zagas, de bons esquemas táticos e de jogadores e nível.
Por não ser um jogador muito inteligente com as palavras, deixou-se perder pela vaidade e pelo egocentrismo do seu irmão. Não possui o mesmo carisma que um Ronaldo ou um Kaká.
Nas entrevistas que dá, demonstra ser um cara simples, ignorante que não faz nada para melhorar seu vocábulo e muito menos sua capacidade intelecutal. Poderia citar dezenas de jogadores que jogaram muito menos que ele, mas que são verdadeiros exemplos: Leonardo, Sócrates, Raí, Kaká, Alex Cabeção, etc.
O engraçado foi ver ele jogando bem justamente contra um elenco teoricamente melhor do que o do Flamengo, pois a mim parece claro que ele resolveu jogar bola porque viu que no outro time existiam jogadores tão bons quanto ele, no caso de Neymar e PH Ganso.
Quando ele "chamou a responsabilidade para si" e resolveu jogar bola, ele resolveu o jogo com 3 gols e lindas jogadas. A questão é que ele não joga e nem jogará assim todos os jogos, pois pegou um time fraco na final do carioca e foi desclassificado contra o também fraco Ceará na Copa do Brasil.
Se o caso dele é de um ex-jogador em atividade, apenas o tempo dirá. Na minha opinião o jogo contra o Santos foi mero lampejo do craque que ele um dia foi, tendo em vista a idade avançada para um jogador de futebol e falta de regularidade dentro de campo.
A chamada ressurreição para o mundo do futebol pode acontecer claro, pois dependerá exclusivamente dele querer jogar mais bola e sair menos para a balada.
Ele já teve uma final de mundial perdida, sem contar duas copas do mundo em que participou, principalmente a de 2006 em que foi titular absoluto, mas jogando um futebol abaixo da crítica.
O mundo do futebol brasileiro é cheio de armadilhas por assim dizer, e assim como Ronaldo e Adriano, o Gaúcho tende a parecer desmotivado para jogar bola como nos tempos de Barcelona.Seu final de carreira se assemelha muito a esses jogadores, e o interesse exclusivo pelo futebol parece estar sendo deixado de lado.
Na seleção brasileira eu acho que ele nunca rendeu o esperado, sempre deixando a desejar em suas principais apresentações. Creio que o marketing exagerado, o excesso de firulas e salto alto, combinados a várias noites na balada, mulheres e bebida tenham contribuído para que ele não tenha sido muito melhor do que um dia já foi.
Em nome do bom futebol, torço para que ele repita suas grandes apresentações, mas estou consciente de que talvez ele não consiga superar a fatídica noite de quarta-feira contra o Santos. Tudo dependerá exclusivamente dele.
Ele deu uma guinada para o time do Flamengo, e até arrisco dizer que talvez o mengão seja um dos maiores favoritos ao título de campeão brasileiro de 2011. Falta saber até quando ele terá gás para carregar o time nas costas.
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