Texto retirado do blog da minha amiga Mariana Arantes
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Noite difícil, sem sono e sentindo muito calor.
Acordei no meio da noite com a cabeça doendo e os olhos inchados. Olhei no espelho e pensei "Credo, cadê a Mari que eu conheço?". Decidi voltar pra cama e ver se dormia as poucas horas que ainda restavam antes do dia raiar...
Pela manhã a enxaqueca estava muito pior... mas, contradizendo minha noite difícil, acordei pensando em Milton e cantarolando uma música que amo "Maria, Maria".
Ele canta com tanta alegria que dá a impressão de que a Maria cantada faz referência a todas as mulheres brasileiras, aquelas fortes sabe? Que têm sonhos, que têm graça, manha, raça e força... sempre!
E ele arremata a linda letra dizendo que "quem traz na pele essa marca possui a estranha mania de ter fé na vida".
Estranha mania... estranha porque em condições adversas conseguimos retomar nossa força e gana de viver e seguimos em frente.
Maria é metade mim, o resto é Ana e as duas vivem brigando... uma extremamente racional, outra completamente impulsiva e sensível. Uma que pede pra viver tudo agora, nesse momento e pra ontem e a outra... ah... a outra pede calma, pede pra que obedeçamos o tempo de cada coisa. Mas quando se juntam e se harmonizam, se tornam a Maria de Milton... que é o dom, uma certa magia, a dose mais forte e lenta, o som, a cor e o suor, uma força que nos alerta... uma mulher que merece viver e amar, como outra qualquer do planeta.
E é tentando viver e amar como qualquer outra, que muitas vezes me despedaço em mil... me desnudo e me deixo desfolhar, sabendo que mesmo aos pedaços, tenho força e manha pra renascer, sempre em som, sempre em dom, sempre em cor e em suor, porque tenho essa estranha mania de ter fé na vida...
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