sábado, 26 de janeiro de 2008

"Chuvas de Janeiro"

O silêncio impera nas casas
Só escuto os pingos nas telhas
E a água que desce das calhas
São as chuvas de janeiro
Que chegam lavando as almas
Daqueles que choraram primeiro
Por amores que não nasceram
Cartas que não chegaram
Meninos que não cresceram
E mulheres que não amaram
O silêncio reina nos quartos
nas ruas e corredores
Só é quebrado pelos casais com todos aqueles amores
que sempre ouvimos falar
Eu sempre pensando em você
que só conseguia balbuciar:
Ah doce silêncio da vida
que lembra o calmo barulho do mar!

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