sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

"Eu te amo tanto"



Supliquei o encanto dela esperando arrancar um gesto

E depois de passar todas as estações esperando um momento

Descobri que um beijo, mesmo simples, seria o mais honesto

E por mais lento que fosse tudo aquilo, eu precisava de mais tempo

Disse palavras doces perto de seu ouvido

Ela veio me dizer que até então isso nunca havia sentido

E completou com amor minha vida e meu vazio

Assim, tendo-a em meus braços pude alcançar o que nunca tinha visto

Arranquei um olhar de preces e restando contar-lhe a verdade

Receitei meus últimos versos como se fossem um só sincero pranto

Domei-a intensamente com paixão e fogo que ardiam em veracidade

Querendo dizer: Meu bem, como eu te amo tanto!

Domestiquei minhas mentiras e aprendi a tê-la poucas vezes

Pensei em tocar seus lábios com os meus depois de tantos anos e meses

Senti um viril gosto de saudade e não podia acabar assim

Antes que tivesse terminado, já decretara a mim mesmo nosso fim

Repeti diversas vezes seus nome num ato desesperado: Lílian!

Sabendo das premissas de que não estaria com seu corpo, sequer seu manto

Porém, ela fazia menção do meu querer e do meu estado

Porque tinha escutado: Meu bem, como te amo tanto!

Poderia ter sido cascata dos meus amores

Mas não quis banhar-me, e tive que ruflar minhas asas e sem oração tentar ser santo

Noutro lugar tentei fazer ser passado as minhas dores

Mas eu sei que ainda preciso dizer: - Meu amor, eu te amo tanto!

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