Supliquei o encanto dela esperando arrancar um gesto
E depois de passar todas as estações esperando um momento
Descobri que um beijo, mesmo simples, seria o mais honesto
E por mais lento que fosse tudo aquilo, eu precisava de mais tempo
Disse palavras doces perto de seu ouvido
Ela veio me dizer que até então isso nunca havia sentido
E completou com amor minha vida e meu vazio
Assim, tendo-a em meus braços pude alcançar o que nunca tinha visto
Arranquei um olhar de preces e restando contar-lhe a verdade
Receitei meus últimos versos como se fossem um só sincero pranto
Domei-a intensamente com paixão e fogo que ardiam em veracidade
Querendo dizer: Meu bem, como eu te amo tanto!
Domestiquei minhas mentiras e aprendi a tê-la poucas vezes
Pensei em tocar seus lábios com os meus depois de tantos anos e meses
Senti um viril gosto de saudade e não podia acabar assim
Antes que tivesse terminado, já decretara a mim mesmo nosso fim
Repeti diversas vezes seus nome num ato desesperado: Lílian!
Sabendo das premissas de que não estaria com seu corpo, sequer seu manto
Porém, ela fazia menção do meu querer e do meu estado
Porque tinha escutado: Meu bem, como te amo tanto!
Poderia ter sido cascata dos meus amores
Mas não quis banhar-me, e tive que ruflar minhas asas e sem oração tentar ser santo
Noutro lugar tentei fazer ser passado as minhas dores
Mas eu sei que ainda preciso dizer: - Meu amor, eu te amo tanto!
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